O mundo está ao contrário e ninguém reparou.
O que está acontecendo?
Eu estava em paz quando você chegou!" (Relicário/ Nando reis)
O dia 25 de Novembro é lembrado como o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher. Esta data é comemorada em vários países da América Latina e Caribe desde 1981 e, este ano, acontecem atividades em diferentes cidades. Países como Bolívia, Brasil, México e El Salvador organizam campanhas para incentivar o respeito aos direitos da mulher. Participando da Programação alusiva a este dia, o GRUPO realizou Recital Poético "Nós, Elas e Etc."no evento promovido pela SEDUC/PA por meio do Departamento de Ouvidoria do órgão compreendendo uma ação específica dentro do PROGRAMA "PARÁ, MINHA TERRA, MINHA ESCOLA, MINHA PAZ". Num discurso leve, acolhedor e extremamente delicado um grito de socorro e um brado de alerta á sociedade civil para as condições das quais resultam diversas formas de vilências às quais as mulheres das várias faixas etárias estão sujeitas, que vão desde a psicológica, simbólica, física e social até a violência doméstica e sexual que são perpassadas em vários âmbitos sociais como a família, a comunidade, igreja e escola.
Essa Mulher
De manhã cedo essa senhora se conforma
Bota a mesa, tira o pó, lava a roupa, seca os olhos
Ah, como essa santa não se esquece
De pedir pelas mulheres, pelos filhos, pelo pão
Depois sorri meio sem graça
E abraca aquele homen, aquele mundo que a faz assim feliz.
De tardezinha essa menina se namora
Se enfeita, se decora, sabe tudo, não faz mal.
Ah, como essa coisa é tão bonita
Ser cantora, ser artista, isso tudo é muito bom
E chora tanto de prazer e de agonia de algum dia, qualquer dia
Entender de ser feliz
De madrugada essa mulher faz tanto estrago
Tira a roupa, faz a cama, vira a mesa, seca o bar
Ah, como essa louca se esquece
Quanto os homens enloquece, nessa boca, nesse chão
Depois parece que acha graça e agradece ao destino
Aquilo tudo que a faz tão infeliz
Essa menina, essa mulher, essa senhora
Em quem esbarro a toda hora no espelho casual
É feita de sombra e tanta luz de tanta lama e tanta cruz
Que acha tudo natural.
(Joyce / Ana Terra)
(Interpretada também por Elis regina)
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