quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Dia 25 de Novembro - Dia Internacional de Não Violência contra as Mulheres

O mundo está ao contrário e ninguém reparou.
O que está acontecendo?
Eu estava em paz quando você chegou!" (Relicário/ Nando reis)
O dia 25 de Novembro é lembrado como o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher. Esta data é comemorada em vários países da América Latina e Caribe desde 1981 e, este ano, acontecem atividades em diferentes cidades. Países como Bolívia, Brasil, México e El Salvador organizam campanhas para incentivar o respeito aos direitos da mulher. Participando da Programação alusiva a este dia, o GRUPO realizou Recital Poético "Nós, Elas e Etc."no evento promovido pela SEDUC/PA por meio do Departamento de Ouvidoria do órgão compreendendo uma ação específica dentro do PROGRAMA "PARÁ, MINHA TERRA, MINHA ESCOLA, MINHA PAZ". Num discurso leve, acolhedor e extremamente delicado um grito de socorro e um brado de alerta á sociedade civil para as condições das quais resultam diversas formas de vilências às quais as mulheres das várias faixas etárias estão sujeitas, que vão desde a psicológica, simbólica, física e social até a violência doméstica e sexual que são perpassadas em vários âmbitos sociais como a família, a comunidade, igreja e escola.
Essa Mulher
De manhã cedo essa senhora se conforma
Bota a mesa, tira o pó, lava a roupa, seca os olhos
Ah, como essa santa não se esquece
De pedir pelas mulheres, pelos filhos, pelo pão
Depois sorri meio sem graça
E abraca aquele homen, aquele mundo que a faz assim feliz.
De tardezinha essa menina se namora
Se enfeita, se decora, sabe tudo, não faz mal.
Ah, como essa coisa é tão bonita
Ser cantora, ser artista, isso tudo é muito bom
E chora tanto de prazer e de agonia de algum dia, qualquer dia
Entender de ser feliz
De madrugada essa mulher faz tanto estrago
Tira a roupa, faz a cama, vira a mesa, seca o bar
Ah, como essa louca se esquece
Quanto os homens enloquece, nessa boca, nesse chão
Depois parece que acha graça e agradece ao destino
Aquilo tudo que a faz tão infeliz
Essa menina, essa mulher, essa senhora
Em quem esbarro a toda hora no espelho casual
É feita de sombra e tanta luz de tanta lama e tanta cruz
Que acha tudo natural.
(Joyce / Ana Terra)
(Interpretada também por Elis regina)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Essa é das nossas...



Manga City!

O Banger que vai pro carimbó
A paty que vai pro reggae
A catuaba e a Sapupara
O Guaraná da Amazônia
Cerveja ao alvorecer no Veropa
Tapioquinha nas esquinas
Patchuli na roupa da vó
Morenas únicas
Sem Jacaré nas ruas
Manga City é tucupi
Cachaça na feira do açaí
São todas as tribos no pavulagem
É orla de icoraci
Waldemar Henrique
Caipirinha do vadião
Buscapé na Marambaia
Chiquita e Peregrinação
É outeiro segunda feira
É cheira cola fedorento
É Sacramenta, pedreira
Bengui, Jurunas, Marco
Tapanã, Satélite, Tenoné
Comércio, Campina
Nazaré, Guamá
Até Ananindeua pode.
Está na rota de diversidades
A transação é pra quem é esperto
Pra quem não cai em migué
Pra quem saca o bizú
É esperar bonde no meio da rua
É ouvir o mesmo brega o dia todo
É brasilandia no estrelinha
É acordar com um calor do cão
E quando for sair cair o maior toró
É sentir o cheiro da terra molhada
É olha pro céu e pensar:
Por que justo nesse fim de mundo?
E ver uma manga cair em cima de um carro!

Escrito por Márcio. às 04h39, em 31/05/2008.
Disponível em http://www.feridasabertas.zip.net/

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Ensaios de Vôo...


Sem Título

A dor me levou ao cume + alto!
De lá pude ver quanto de mim havia espalhado no vasto deserto da existência.
Contemplei tua face falha e meu erro em desprender- me tanto por ti.
O deserto era vasto, lúgubre e de um convidativo cheiro de nós.
Eu tateei o que havia de bom nas tardes que trocamos.
Apesar de não estarmos mais lá persistiam o beijo, a palavra não pronunciada e o tempo de tocar os dedos.
Mas veja!
De tanto ficou apenas o gosto de procura e a minha eterna inclinação para a felicidade.
Sem o "nós" caminho sem dó, cética e com essa persistente serenata insana, de dor e som...
No íntimo de mim algo pulsa errante, mas meu!
E nisso consiste minha carta de amor!
A montanha não mais me assusta ... tenho a mim e essa febre terçã de gritante poesia que me toma nos braços e me aponta diariamente o arco-íris"

(Rosilene Cordeiro)
Disponível em www.rosileneporsimesma.blogspot.com

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Ocasiões...

GENTILEZA

Apagaram tudo
pintaram tudo de cinza
a palavra no muro ficou coberta de tinta
apagaram tudo
pintaram tudo de cinza
só ficou no muro tristeza e tinta fresca
nós que passamos apressados
pelas ruas da cidade
merecemos ler as letras e as palavras de gentileza
por isso eu pergunto a você no mundo
se é mais inteligente o livro ou a sabedoria
o mundo é uma escola
a vida é um circo
amor palavra que liberta
já dizia um profeta

(Marisa Monte)

Arte por toda parte!!!


Em outubro desse ano o Grupo participou do XII ENEARTE- Encontro Nacional dos Estudantes de Arte, com o tema "Intervenções Urbanas: Arte e Cidade na Cena Contemporânea, sediado no estado pela UFPA, apresentando o recital "Nós, Elas e Etc." numa montagem nova totalmente voltada para a cultura regional. A adereçagem, figurinos e elementos de cena ornados pelos poemas de Josete Lassance, Eliana Barriga, Juraci Siqueira, Cecília Meireles, Ana Terra, Fernando Pessoa, Izarina Silva, Elias José e Antonio Tavernar 'teceram' mulheres dos múltiplos recantos brasileiros numa homenagem simbólica que populariza uma descrição feminina recheada de cores, dores e amores... "Descreve seu moço! Porém, não te esqueças de acrescentar que eu também sei amar...que eu também sei sonhar... que o meu nome é MULHER!" (Canção da Mulher Latino Americana)